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sábado, 1 de fevereiro de 2014

125 anos da assinatura da Lei Áurea: fim do açoite e começo da exploração


Há 125 anos atrás a princesa Isabel de Bragança dava a famosa “canetada” na Lei Áurea, aquela que pôs fim a escravidão em solo brasileiro.
A economia agrária do Brasil à época era toda dependente dessa mão de obra, e muitos foram os intelectuais que exigiam e pressionavam a Coroa Brasileira à libertar todos os escravos e acabar com esse regime definitivamente no país.
Por outro lado, os escravocratas eram totalmente contrários ao fim desse regime, e também pressionavam a monarquia a continuar com a escravidão servil.
Não demorou e o império acabou cedendo para um dos lados, neste caso, o dos que eram a favor da libertação dos escravos.
O que parecia ser uma nobre atitude social e uma maneira plausível e saudável de liberdade, acabou se configurando nada mais, nada menos em um evento executado apenas pela pressão internacional, principalmente pelos países industrializados como Inglaterra, França e Estados Unidos, que queriam trabalhadores para a linha capitalista de produção, nova ordem econômica mundial, e a escravidão era algo que atrapalhava os planos das grandes empresas e indústrias insurgentes após a Revolução Industrial.
O trabalho de historiadores ao longo do tempo, em sua maior parte, cuida justamente em desmistificar a figura da abolição da escravatura como advento piedoso da monarquia nacional em libertar seus escravos do julgo do senhor escravocrata.
Certo que, muitos escravos ao receberem suas cartas de alforria, não tinham para onde ir, nem tampouco eram absorvidos pela linha de trabalho assalariado que o capitalismo industrial oferecia, até porque se tratando de Brasil, o país continuava agrário, fazendo com que muitos continuassem sendo trabalhadores dos senhores de engenho e fazendeiros, ou então representando um risco social devido muitos vagarem “vagabundando” pelo país. Outro fator que contribuiu para o “desastre alforriador” foi o preconceito racial, impregnado antes, durante e após essa página de nossa história.
Nos dias atuais, os açoites e castigos impostos aos que transgredissem a lei escravocrata à época, foram transformados em humilhações e explorações, já que, muitas são as pessoas que são submetidas ao trabalho escravo, no seu molde moderno.
Ainda é uma grande luta para a sociedade contemporânea brasileira enfrentar e acabar com esse tipo de exploração, um ato desumano e fora de cogitação, seja ele em qualquer esfera política, social e econômica em que se encontra uma nação.
Alisson Olveira
ahalisson@gmail.com

Escrito em 13 de maio de 2013

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