Existe uma fase na vida da gente que dormir passa a ser praticamente uma missão impossível. Pelo menos nos horários normais que os especialistas dizem, respeitando as oito horas recomendadas.
Não se aflijam, isso não é uma coisa do outro mundo, nem estamos nessa draga sozinhos. Tem muita, mas muita gente que passa por isso, principalmente os estudantes e pós-estudantes do ensino superior. Não estou escrevendo nenhuma bobagem, absurdo ou assunto cabeludo, isso é quase uma regra.
É fácil verificar quando estamos com os sintomas da “falta/troca de sono”, basta observar quando participamos de um evento, por exemplo, ou uma palestra com aqueles oradores intermináveis e enfadonhos, a sinfonia de bocejos é escancarada sem o menor pudor, boca abre, boca fecha, as pestanas começam a pesar uma tonelada, e, quando não suportamos mais, levantamos a bunda da cadeira em direção a rede ou cama mais próxima. Mas, como num passe de mágica, é só deitar que o cérebro começa a pregar peças na gente, e aquele sono agudo desaparece mais rápido que gordura em fundo de tacho quente.
Equivoca-se que para por aí. A pessoa mais parece um cãozinho adestrado na cama, pois ela deita, rola, levanta, senta, fala/reclama e finge que morreu, mas o danado do sono não vem. E não adianta chá de folha de laranja, de boldo e o principal, suco de maracujá, pois quando o cérebro não quer acordo com o mundo dos sonhos, não tem jeito.
Aí, inexplicavelmente, quando o dia amanhece, parece que somos impregnados pelo espírito da preguiça, principalmente na segunda-feira, quando a rotina trabalhista e estudantil toma conta dos nossos corpos, cansados e enfadados. Pobres e inocentes mortais. Você não se concentra, você não relaxa, tudo que você vê na frente tem formato de travesseiro, cama ou rede. Aí, é só chegar o intervalo do almoço ou o fim do expediente que o monstrinho do “não vou te deixar dormir” aparece.
Paciência, uma hora esse tipo de mal acometido vai passar… ou piorar.
Álisson Oliveira
ahalisson@gmail.com
Escrito em 21 de abril de 2013
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