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segunda-feira, 20 de junho de 2011

MESMO ASSIM, A VIDA DEVE SEGUIR O SEU CAMINHO

Às vezes não conseguimos entender como as coisas acontecem em nossas vidas, principalmente quando estamos no auge de uma convivência. O sentimento aflorado do momento nos impede de percebermos quando uma coisa não poderá ser duradoura, ou nos cega completamente, impedindo-nos de enxergamos além do que o nosso campo de visão sentimental possa atingir.

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Nem sempre o que parece ou ostenta parecer, é! E é exatamente nesse ponto que, embebidos pelo foco do sentimento, não podemos esboçar qualquer reação que possa vir a libertar a nossa alma desse sacrilégio imposto pelo coração. Ah, o coração! Residência permanente do amor e dos nossos sentimentos, pois quando estamos excitados de prazer, ansiosos, nervosos, aflitos, alegres, eufóricos, é o jato de sangue que bombeia de um canto para o outro do corpo, partindo desse mesmo músculo, carregado de expressões dos mais variados tipos, pois ele é o responsável pela nossa ascensão ou queda. Nem tentem me convencer que a nossa mente é quem é a culpada por isso, porque na verdade, para mim, ela não passa de cúmplice de um “órgão louco” que não mede as consequências dos seus atos.

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Eu sempre acreditei que o auge da minha juventude foi quando tinha completado meus vinte e três anos de idade. Considerava-me já auto-suficiente e maduro, detentor de belas palavras e de sentimentos puros. Era um sonhador (e ainda continuo sendo), como todos os outros. Tudo que havia vivenciado no campo afetivo antes dessa idade, não tinha passado de um acúmulo de experiências. Foi quando eu comecei a perceber que estava envolvido no pior dos jogos: O AMOR! Sim, pois o amor é a causa de tudo nessa vida, seja coisas boas e divinas ou maléficas e danosas. Como bom conhecedor dos mandamentos bíblicos, e por acreditar que eles sempre serão a base de tudo que podemos fazer de reto nessa vida, busquei relaxar minha mente e meu coração nos braços de uma pessoa, uma em especial, aquela que todos nós temos, a menina (ou o menino no caso das mulheres) dos nossos olhos. Essas pessoas chegam sem anunciar, aparecem rápidas e repentinas como um raio que corta o céu de cima até baixo e que você só consegue observar o mínimo do espetáculo. Quando notamos, já é tarde demais, a alma já começa a se manifestar e o desejo de se tornar uma única carne é imediato.

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Cada pessoa utiliza de táticas e métodos diferentes para atuar nesse jogo, dos mais simples aos mais sofisticados, dos mais puros aos mais sujos, dos mais estimulantes aos mais corruptos.

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Eu posso confessar que vivi um romance em pequenos fragmentos, pois acreditei que o poder de minhas palavras e da atuação dos meus atos seria suficiente para conquistar aquela doce e pequena dama. Olhos cegos, que somente enxergavam a sua beleza exterior e reprimia qualquer conduta que instigasse a enxergar através da sua alma aquela beleza intelectual. Sim, a beleza intelectual, que deve prevalecer sempre sobre a física. Dos meus vinte e três anos, eu passei a figurar vinte seis, três anos além daquela perspectiva formidável a que tinha concebido durante o meu “auge”. A distância, a dureza do seu coração, a falta de confiança quanto aquele meu sentimento puro, a possibilidade de conhecer alguém mais interessante, fez com que três anos de minha vida fossem roubados sem prévio aviso. Não é nenhum absurdo de minha parte expor isso dessa maneira. O tempo é duro e cruel para aqueles que não o sabem conduzir, e pude sentir na carne tudo isso que ele proporciona. Talvez por ainda manter uma infantilidade dentro de mim, ou por ter sido um péssimo “jogador”. Não cabe a mim me julgar. Não sou louco a chegar a esse ponto. E não quero falar mais nada sobre isso.

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Rumei aos vinte e sete, acreditando que ainda era possível sonhar com dias melhores. Quis o destino me apresentar uma pessoa de mesma característica. Era inevitável não fazer comparações. Até a mesma influência e maturidade eram as mesmas. A diferença de um relacionamento para o outro foi o recorte temporal, mas, o desfecho seria o mesmo, ou mais complicado.

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Já quebramos a primeira década do século XXI, e a mudança “climática” tornou-se profunda, com um gosto de incerteza e de desconfiança, pois todo passo a partir de agora deve ser dado com mais cautela. Qualquer convívio com o erro pode ser mais desgastante, e ninguém quer isso para si.

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Essa é um pouco da minha história, mas acredito que ela pode ser a de qualquer um, ou no mais, um pequeno fragmento. Não o vejo como um desabafo, nem como o princípio de um drama. Não, não é/foi essa minha intenção. Apenas aprendi a dividir os ganhos e as perdas, os erros e os acertos, e acho que todos deveriam proceder dessa maneira, pois só assim poderá haver evoluções. E como o próprio título sugere: “mesmo assim, a vida deve seguir o seu caminho”.

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Orzabal Duran

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