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domingo, 24 de abril de 2011

QUANDO UM NÃO QUER, DOIS NÃO CASAM

Antes de qualquer coisa, justifico que não sou psicólogo, padre, pastor, juiz de paz ou sequer conselheiro amoroso. Falar da vida a dois não é tarefa fácil, logicamente como também não deve ser difícil. O que seria então uma relação vivida a dois? Alguém se arrisca a dizer? Eu poderia arriscar mencionar que seria uma forma de dividir as despesas do mês (porque nem sempre uma relação necessariamente precisa ser feita entre um homem e uma mulher em caráter de matrimônio). Eu poderia sugerir que viver arriscadamente a dois seria uma maneira estratégica de deixar a casa dos pais e poder ter a sua própria casa onde a teoria masculina seria de ter uma substituta para a mãe nos afazeres do lar e na teoria feminina o tão ansiado casamento com direito a vestido, buquê e todos os outros “trololós” necessários para uma melosa cerimônia matrimonial. Convém lembrar que a mulher moderna poderia esquecer a falácia anterior e requerer a sua patente dentro da vida a dois como uma forma de achar um cara que banque seus gastos e esteja disposto a arcar com os limites e vencimentos do cartão de crédito todos os meses. Ainda a quem acredite que a vida a dois é algo acima da terra e do mar e que não devemos nos questionar ou ficar fazendo perguntas já sabendo que não obteremos a resposta. Pois bem, eu na minha pequena sabedoria ou ignorância, na minha soberba inocência ou no meu intrigante pudor poderia sugerir, adaptar, cauterizar, categorizar que a vida a dois (e agora eu falo no quesito romântico da causa) nada mais é do que dois corações que antes batiam separados e um cérebro que dantes funcionava sozinho passariam a ter a mesma ligação torácica e “cabeçal.”
Resumindo: vivam mais e perguntem menos.

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Orzabal Duran

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